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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Zambiapunga pode ser tombado como 'Patrimônio Imaterial'

A partir de uma iniciativa do Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul (IDES), a manifestação cultural Zambiapunga (específica do Baixo Sul da Bahia) está sendo avaliada pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), visando o registro especial e plano de salvaguarda – tombamento como patrimônio imaterial. Para tal, uma equipe do IPAC realizou uma visita aos grupos de Zambiapungas do Território Baixo Sul, localizados nos municípios de Nilo Peçanha, Taperoá, Cairu e Valença.


Segundo Roberto Pellegrino, da Gerência de Patrimônio Imaterial do IPAC, a visita tem como objetivo a elaboração de um dossiê com registros históricos, etnográficos, depoimentos e pareceres que colaborem com o processo de registro. “Importante lembrar que Caretas e Zambiapungas já estão, provisoriamente, salvaguardados, através de Decreto em Diário Oficial. Após a finalização do dossiê será feito o registro especial. E para tal, tem sido de suma importância essa parceria com o IDES, com o qual firmamos um termo de cooperação. O apoio dos municípios também tem sido de grande relevância. Lembrando que faz parte do Termo um trabalho essencial de educação patrimonial”, explicou Pellegrino.

Durante a visita aos grupos de Valença, a equipe do IPAC também composta por Nara Gomes (Gerência de Patrimônio Material) e as antropólogas Adriana e Nívea, assim como Liliana Leite e Camila Neves do IDES, foram recebidas no Memorial da Câmara de Vereadores de Valença, por Aline Reis - secretária municipal de cultura, diretora Edna Xavier, Vanessa Andrade - representante territorial de cultura do Baixo Sul, professora e pesquisadora Núbia Restini, Janete Vomeri - historiadora e conselheira municipal de cultura, professora e dançarina Célia Praesent, Otávio Mota - coordenador do Centro de Cultura Olívia Barradas e pelos vereadores Antônio Barreto e Reginaldo Araújo. Na oportunidade, também foram pautadas as solicitações de patrimonialização da Festa do Amparo, assim como agendamento de uma visita técnica específica para fazer um estudo aprofundado sobre o Teatro Municipal de Valença, Recreativa, Capela São Felipe, Igreja do Amparo e outros. A equipe do IPAC também passou muitas orientações sobre legislação de proteção e sugeriu a criação de uma Câmara de Patrimônio, dentro do Conselho Municipal de Cultura. Eles ainda vistoriaram rapidamente o Teatro Municipal e o adro da Igreja do Amparo.

Finalizando a agenda no Baixo Sul, a equipe visitou a Fortaleza do Morro de São Paulo, a qual está passando pela segunda etapa de restauração e readequação funcional. Obra que conta com importantes parceiros: BNDES, Ministério da Cultura, Lei de Incentivo a Cultura, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), SPU, Secretaria de Turismo da Bahia, SEBRAE, SENAC, Construir Melhor, Câmara de Turismo Costa do Dendê, Secretaria de Cultura da Bahia, Colegiado Territorial do Baixo Sul, Prefeitura de Cairu e IDES. O projeto completo inclui grandes novidades que visam satisfazer turistas e moradores, priorizando uma gestão sustentável e participativa, onde o artesanato e as mais variadas manifestações artísticas do arquipélago Tinharé e do Território Baixo Sul sejam valorizados e divulgados de forma adequada.
(Vanessa Andrade)

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